domingo, 5 de agosto de 2007

N I N A R

Nos braço da morte canto uma música.
Um ninar obscuro.
Deixo que me leve diz a canção,
Assim, ao ventre do inferno.
As mãos gélidas congelam meu corpo,
A leve cessação de morrer fecha meus olhos
Se em versos sórdidos continuo ecoando um começo obscuro de ninar.
O amor se se faz últimos suspiros
E já não tenho forças pra voar.
Canto sua beleza de morrer
E a tristeza de ter-lhe em meus braços.
De esta nos teus braços sentindo seu gelo
É onde quero ficar cantando um ninar obscuro,
Deixo que me leve diz a música,
Assim, ao ventre do inferno.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Um pouco de mim...

Ilusão
Digo o que foi escrito, te amo!
Assim das flores te dou muitos ramos
Da paixão nenhum pouco engano.
Pois minha vida já cessou de outra,
Minha alma pertence a ti solta,
Que outrora se fazia louca, agora repousa nos braços teus.
Deito em plenitude no colo seu,
E muito espero que seu porto faça-me eu,
Pois descanso assim no teu!
Diga-me em verdade que não é engano,
De este apaixonado,
Pois só assim posso viver!
E jamais minta, pois se mentir,
Passarei a existir e logo assim morrer!

Solidão
Meus olhos ardem ao te ver, as lagrimas não posso evitar.
A tristeza se vai, revitalizo-me ao te abraçar.
Assim são minhas manhãs ao acordar e te ver levantar.
Espero sua presença com rosas na mão,
Lembrando-se das noites, do calor de seu coração.
Amar-te me faz tão bem,
Esperar-te me tortura.
Volte amada minha, não fique assim sozinha,
Teu amor espera pelo meu.
Vem, revitalize minhas virtudes com o amor seu,
Traga-me minha alma que já se perdeu.
Por você espero todas as noites,
Sonhar, viajar nos braços teus.

Minha vida
Ho! Vida minha indecisa se faz mal assim minha amada.
E sem leito nessa jangada, acordo nos braços do dragão,
Peço-te mil perdões minha amada, pois é o que levo nessa vida é ilusão.
Essa tal maldição que carrego, jamais deseja o mal a sua alma.
Sua beleza infinita nem arranha, muito menos sua alma apaixonada.
Acordar a seu lado jamais mereci talvez.
Pois dou a você as minhas asas,
Pra você jamais pisar nas brasas de meu coração.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Meu tempo.

Tempo passa,
Eu disse: para tempo!
Mas tempo não para,
Não dar tempo.
Porque tempo sem tempo?
Porque tempo sem vento?
O tempo passa, mas não dorme o tempo,
Não corre paciente tempo.
Inocente tempo sem tempo pra dar,
Espero-te, espero meu tempo dos tempos!
Sólido tempo,
Imaginário, solitário.
Sôfrego tempo,
Sórdido, mórbido,
Pérfido tempo,
Insólito, opimo,
Insofrido tempo.
Passa e não volta tempo,
Novo, velho
Fechado, aberto tempo.
Eu disse: para tempo,
Surdo tempo sem vento.
Penso solitário parado tempo!
Em palavras viajo, penso!
Mas o tempo não para.

Opium.

As corujas ecoam,
Os sapos lamentam.
A lua clareia o altar,
A missão do ritual,
Profanação da carne,
Limites testados,
Pulmões corrompidos.

Pupilas dilatadas,
Satisfação vazia.
Ao encontro com a morte flutua,
Decai a cada tragada do abstrato,
Faz-se homem Deus, solitário.

A vontade aumenta,
Sofre a luz da lua,
A vontade de morrer!
Caminhos iguais,
Caminham para o inferno.

Correm nas veias, nefando os prazeres reais.
Fissura, odor menstrual,
Praga do fraco, horas fracas!
Respiração sofrida, esquecida.
Coração nervoso.
-EFEITOS...

Rainha Flor.

Acordo em teus sonhos princesa minha,
Tão vivo desvai-se minha dor,
De tão linda faz-se rainha,
Nesse sonho rainha flor.

Brilha esplendorosa,
Encanta-me de amor!
Faz-se única em meu jardim
Seduz-me para teus braços
Minha rosa, minha flor!

Tão cheirosa e majestosa,
Acordar jamais irei
E em notes minhas chorosas,
E meus sonhos te terei.
...

Nas noites frias de silêncio
Meu coração solitário esta a bater,
Tê-la em meus braços é desejo,
Que sonhado acordado,
Canto sozinho ao vento.

-Vento me traz a beleza de tua voz,
Completa o vazio de meu coração
Traz pra mim em pensamentos o teu silêncio,
Tão perto de teu amor e longe de teu sofrimento.

Vejo no céu a tua beleza refletida
No brilho da lua, teu olhar nas estrelas me ilumina.
Oque me faz apaixonar se por você princesa linda?
Pois a você entrego minha vida,
Tê-la em sonho só assim eu viverei,
Pois se um dia me deixar,
Que demore o dia e chegando esse dia,
-nesse dia morrerei.

BARCO DAS FLORES

MAU ME QUERES EM TEUS BRAÇOS,
DOCES BEIJOS, LEVES SONHOS,
CARINHOSOS ABRAÇOS.
NAVEGO NO RIO DE FLORES,
AS LAGRIMAS DA FELICIDADE CHOVE NO CORPO
CORPO NU AQUECE O MEU,
NO SORRISO TEU A DIVIDA DO AMOR.

O SOL SE VEM, ME TIRA DESSE BARCO.
SE FAZ JANGADA, CANOA FURADA,
QUE A TEMPESTADE SALGADA, DOCE A ÁGUA!
LEVA AO FUNDO.
E AS FLORES SEM VIDA JA NÃO DIZEM NADA.

SOMBRIO NAVEGO SOLITÁRIO.
NO BRILHO DA LUA - GANHAR A PÉTALA DO OUTRO DIA.
O DESEJO DA VIDA TE FAZEM NAVEGAR.
ENTRE DIFICULDADE NAVEGA,
SOBREVIVER A SATISFAZER OS DESEJOS
TE SATIFAZ E NÃO TE DÃO CORTEJO.




VOCÊ NÃO COMPREENDE

ENTRE AS TRISTEZAS MINHA O VAZIO.
NÃO ENTENDAS MINHAS IDECISÕES,
NÃO JULGUE MEUS ATOS,
ACENTUAÇÕES DE NOITES SEM SONO ESCREVO,
SEM NORMAS, SEM ACERTOS E SEM ERROS.
PALAVRAS DESACATADAS, ACERBADAS.
ACORRENTADO EM MINHAS ILUSÕES.
VIAJO ENTRE ESTRELAS APAGADAS,
NAVEGO EM MARES SEM VELA, SEM VENTO.

LER-ME É DIFICIO,
COMPREENDER-ME IMPOSSIVEL.
ESCRITAS EGOISTAS, TALVEZ INDECISAS.
POR ENQUANDO MEU OLHAR TE DESEJA,
MEU SILENCIO TE DIZ OQUE MINHAS PALAVRAS NÃO EXPRESSA.