Entre quatro paredes, o silêncio.
Cigarros apagados, garrafas vazias.
Volúpia noturna, escassez do dia.
Dentre uma parede a saída.
Sair, andar, dar uma volta!
Sem carro, entre carros em movimento estou,
A pé, sem vento, suor o que restou.
De mim, de ti só lembranças.
A caminhar em pensamentos, sentado aqui ou ali.
Entre o verde envelhecido das árvores,
No meio das cinzas de uma fogueira a me aquecer,
Ao breve canto dos pássaros a sobrevoar meu cérebro.
Em cada canto dessa cidade há danças,
A cada esquina alguém cantar,
E eu tranquilo a compor.
Tudo em movimento a se decompor.
Enche o pulmão de desgosto,
É mais uma prato friu da comida que sobrou!
A cidade:-Uma moça sem calsinha com uma micro saia em pleno carnaval, escarrapachada!
Não se queixe de está só quando se tem uma televisor.
Não fique com preguiça de ler quando se domina a caneta.
Venda se ao futuro, seja comprado.
E assim sobreviver a mais uma manhã.
Mas todos não param de dançar.
Pois o vento leva a mesmo pro outro lado.
Há muito oque contar, observar principalmente.
Planejar, julgar o planejado.
Sujar, pensar em varrer, enxugar o molhado.
-É tudo viável, é tudo recompesável!